quinta-feira, abril 27, 2006

bah

Ando tão cansado… ando tão mal disposto…
Não consigo pensar direito e as coisas mais simples ficam simplesmente complicadas…
Não tenho vontade de fazer nada, não tenho vontade de ficar a fazer nenhum…
Tenho tanto para estudar e não consigo fazer um simples exercício…
Não consigo dormir mais que o normal e não consigo estar na cama mais tempo…
Enervo-me por saber que tenho tanto para fazer e não consigo fazer nenhum…
Estou num constante mau estar… inconstante humor…
Acordo de manhã como quem só dormiu uma hora… apresso-me para desligar o despertador do telemóvel e a ultima tecla que carrego é a tecla correcta. Sinto-me extremamente preguiçoso mas não consigo estar mais na cama. Espreguiço-me em cima dos lençóis e corro para a janela.Observo o dia, a intensidade da luz marca a minha vestimenta. Hoje apetece-me ir de azul, ou preto… preto! Vou tomar banho… não consigo estar sem tomar banho todos os dias de manhã… Só saio da casa de banho depois de todas as tarefas matinais estarem concluídas. Apresso-me porque a hora está a correr… carteira, chaves, telemóvel… andante…No metro todos os dias é igual… imensas pessoas e ninguém… reinam os jornais, os livros, algumas revistas e alguns mp3. As conversas confundem-se com o barulho metálico dos carris. Ouve-se aquela campainha estridente que arrebenta com os nervos a qualquer um.Pela tarde, a rotina repete-se. Passa tão devagar como o tempo que estamos em pé em busca de uma cadeira solta. As mesmas pessoas, mesmo murmúrio, a mesma campainha. O mundo anda sempre a correr… se acham que um F1 anda depressa… então não sabem a que velocidade anda a Terra. No trabalho pareço um tolo no meio de uma ponte, não sabe para que lado se há-de virar, estou a trabalhar num que tem umas baías de estacionamento à frente de umas garagens… depois vem uma reportagem a dizer que só em Portugal. Só mm em Portugal!Almoço sempre a correr, naquele café mais pequeno que o meu quarto, existe sempre algo para conversar, quanto mais não seja da galinha decapitada que viveu alguns anos sem pescoço e morreu engasgada com a comida que o dono lhe dava pelo pescoço…Venho apressado para o computador, viajo sobre os blogs, fotoblogs, mails, posts, noticias, revistas, jornais. Procuro-te sempre mas raramente estás. Vida.A tarde o sono toma conta de mim. Todos os trabalhos têm as suas dificuldades e este é a sonolência que dá estar ao computador depois de almoçar… é obra.Não tenho vontade de fazer nada. Sempre que acho que faço alguma coisa direito, existe sempre correcção. Sei que nada sei e acho que já sei demais.Quando o sol se esconde por detrás do mar, o tempo é ocupado com livros e estudo acompanhado. Normalmente as aulas são agradáveis apesar do cansaço e dos olhos pesados. Existe sempre boa disposição e alguém sempre disposto a trabalhar… lá vai puxando a carroça.Ritual de entrada e saída com passagem de cartão como quem entra num banco. É preciso tirar um curso para conseguir acender a luz verde e só com a fórmula certa de velocidade e colocação é que accionam o mecanismo.Depois das aulas um ataque ao jantar que nunca é vencedor. Nunca sobra nada. As horas já têm um valor de 2 dígitos e o estômago já pede à muito algo para cobrir de enzimas. Existe tanto para estudar. Exercícios para fazer. Depois de um dia quase sem notícia tua, só penso em estar um cadinho contigo. Parece acender uma fogueira nos olhos quando me sento na cadeira azul. Está a ficar velhinha a cadeira, já tem um braço empenado e já está a ganhar cabelos brancos.Viajo novamente nos blogs, fotoblogs, posts, mails à procura de alguma novidade que raramente decide aparecer. O churrasco nos meus olhos continua e o frango está quase a sair enquanto espero por uma resposta tua. Fico sentado a olhar como se já estivesse a dormir sentado. Não me engano numa única tecla enquanto escrevo as saudades que tenho e o dia que foi. Na maioria dos casos fico feliz por ter aulas que me ocupa o tempo de uma maneira inteligente do que ficar a olhar par algo que a gata corre atrás para tentar agarrar.Torno a fazer um ataque ao frigorifico e deito-me sem sono.Cansado, completamente de rastos, um churrasco nos olhos mas sem sono, sem vontade de dormir. Ouço a televisão ao lado num volume avolumado do mesmo canal que eu. Desligo-me automaticamente de tudo. Reinicio com um sinal teu. Só vejo o meu sol à noite. Torno a desligar com o pensamento do fim de semana. Porra que num dou com a tecla…